Resenha: As Vantagens de Ser Invisível

Manter-se à margem ofecere uma única e passiva perspectiva. Mas de uma hora para outra sempre chega o momento de encarar a vida do centro dos holofotes.
A luta entre apatia e entusiasmo marca o fim da adolescência de Charlie nesta história divertida e ao mesmo tempo instigante.
   Esse é um dos livros que estava mais ansiosa para ler, e já estava ficando desesperada por não o encontrar em nenhuma livraria. Assim que a Rocco realançou, corri para comprá-lo, e o filme baseado no livro me fez querer lê-lo ainda mais. Estava com muitas expectativas com o livro - que li sem saber ao certo do que se tratava, só li algumas críticas e pronto, não assisti o trailer do filme nem nada - e o livro conseguiu exceder qualquer expectativa que tinha. Já fazia um bom tempo que eu não dava cinco estrelas para um livro, e me que me sentia tão bem após terminar um.
   Charlie é um rapaz de 15 anos, tímido e muito sensível, que vê o mundo de uma forma singular. Ele é o filho caçula e não tem uma relação de amizade com nenhum membro da família. Seu único e melhor amigo, Michael, se suicidou faz algum tempo. E desde então, Charlie passou a se consultar com um psiquiatra.
   Num jogo do time de futebol da escola, ele conhece Sam e Patrick, meio-irmaõs que são veteranos e que rapidamente começam a ter uma relação de amizade com ele. Os três começam a andar juntos sempre e os dois apresentam à Charlie o seu mundo. Ainda que em seu próprio ritmo, Charlie começa a descobrir quem é e também em como é importante ter amigos. Charlie vai começando a ficar nos holofotes. Ao invés de só assistir as pessoas, ele começa a viver com elas. O livro aborda envolvimento com bebidas alcóolicas, homossexualismo, aborto, drogas, sexualidade, primeiro amor e tudo mais, em pouco mais de 200 páginas, tudo de modo leve - nada parecido com outras histórias extremamente exageradas que existem por aí- e plausível, na minha opinião.
"Eu me sinto infinito."
   Em alguns momentos, Charlie é muito - não há melhor palavra para descrever, senão sem-noção - o que foi o motivo de eu em diversos momentos pensar que ele tinha Asperger. Aos poucos vamos conhecendo mais o personagem, e sabendo mais do porquê de ele ser tão depressivo. Outro personagem super importante na trama, é o professor de inglês e amigo de Charlie - Bill - que ao longo da trama o sugere vários romances para ler e tenta incentivá-lo ao máximo à "participar".
   O modo de narrativa do livro é pelas cartas que Charlie, o personagem principal e o invisível do título escreve à um amigo entre 1991 e 1992. O livro se fecha de um jeito incrível, e há muito tempo eu não me sentia tão bem - tão infinita - ao terminar a leitura.
   A edição está perfeita, sem nenhum erro e com capa e diagramação boas (confesso que fiquei muito feliz por ter conseguido comprar com a capa original). O filme que vai contar com Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller e Nina Dobrev estreou no Brasil no último dia 19, e aconselho que leiam o livro antes  de assisti-lo.

4 comentários:

  1. Oi, tudo bem?
    Adorei a capa desse livro! Confesso que foi ela que me chamou mais atenção. Mas a história também aparenta ser bem boa.
    Quero conferir logo, hehe.
    Beijinhos,
    alanahomrich.blogspot.com.br

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  2. gostei da resenha. Obrigado por compartilhar! :)

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  3. Olá, boa noite ^^
    Bela resenha. Obrigada por mostrar um pouco da história. Me deu mais vontade ainda de ler *-*
    Também quero ver o filme, mas vou ver depois de ler o livro ^^
    Beijinhos
    Isabelle - http://attraverso-le-pagine.blogspot.com.br/

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  4. Gostei muito da resenha, estou com mais vontade de ler. ^^

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