Resenha: Adormecida

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Rose Fitzroy esteve dormindo profundamente por décadas. Imersa num sono induzido, esquecida em um porão por mais de 60 anos, a jovem foi tratada como desaparecida enquanto os anos sombrios pairavam sobre o mundo. Despertada como por encanto e descobrindo-se herdeira de uma corporação multimilionária, Rose vai entendendo pouco a pouco, tudo o que aconteceu em sua ausência.
   Rose Fitzroy é uma adolescente que passou 60 anos em estase (que na história é a experiência de ter a vida pausada), e acordou num mundo onde todos que conhecia já morreram. Além de se adaptar a todas as mudanças no mundo e também à morte de seus pais e seu namorado, ela ainda descobre que a empresa de seus pais cresceu muito mais e que agora é a impresa interplanetária mais importante entre as existentes. A história tem um quê de distopia, mas se foca mais no drama de Rose.
   A história se passa num futuro - que imagino ser de duzentos à trezentos anos à frente, com a tecnologia bem avançada e tudo mais. Como única herdeira da empresa, Rose se torna uma espécie de celebridade nesse mundo pós-apocalípco, apesar de na escola ser vista como uma aberração. Seu guardião passa a ser o atual presidente da empresa, Guillory, um cara inescrupuloso, que desde o início parece ver Rose como uma pedra no sapato.
   Obrigada a voltar à escola - onde nunca foi muito boa - ela tem que passar pela experiência de ser "a novata esquisita" novamente. Na escola ela passa a andar com filhos de empregados importantes na sua empresa, entre eles Bren - o cara que a acordou - e Otto, um híbrido de humano/alienígena feito pela empresa de Rose, que passa a ter uma relação muito bonita com, e alguns outros menos importantes/mais hostis.
   Rose passa a viver com uma família adotiva e também a frequentar uma psicóloga. E tudo está indo de um modo razoavelmente bom, quando uma criatura - um tipo de andróide - aparece na casa dela tentando matá-la. Aí a história fica mais misteriosa e surgem as perguntas comuns: "Quem programou o robô?", "Quem teria interesse em a ver morta?" e "Porquê?"
   A história oscila entre cenas de ação, drama e romance adolescente (nunca pode faltar, não é?). Em alguns momentos a história é foi bem confusa, principalmente pela autora não fazer uma introdução ao mundo aonde se passa a história. Passando por altos e baixos, a história deixa muitas lacunas, que são a deixa para um segundo livro (que espero que saia logo!).
   Posso dizer que a história teve um final satisfatório, apesar de achar que ela poderia ousar mais no final. Confesso que em alguns momentos achei que o livro não seria bom, mas quando fui chegando ao fim, tudo que desejei foi que ele tivesse umas duzentas páginas à mais.

Resenha: As Vantagens de Ser Invisível

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Manter-se à margem ofecere uma única e passiva perspectiva. Mas de uma hora para outra sempre chega o momento de encarar a vida do centro dos holofotes.
A luta entre apatia e entusiasmo marca o fim da adolescência de Charlie nesta história divertida e ao mesmo tempo instigante.
   Esse é um dos livros que estava mais ansiosa para ler, e já estava ficando desesperada por não o encontrar em nenhuma livraria. Assim que a Rocco realançou, corri para comprá-lo, e o filme baseado no livro me fez querer lê-lo ainda mais. Estava com muitas expectativas com o livro - que li sem saber ao certo do que se tratava, só li algumas críticas e pronto, não assisti o trailer do filme nem nada - e o livro conseguiu exceder qualquer expectativa que tinha. Já fazia um bom tempo que eu não dava cinco estrelas para um livro, e me que me sentia tão bem após terminar um.
   Charlie é um rapaz de 15 anos, tímido e muito sensível, que vê o mundo de uma forma singular. Ele é o filho caçula e não tem uma relação de amizade com nenhum membro da família. Seu único e melhor amigo, Michael, se suicidou faz algum tempo. E desde então, Charlie passou a se consultar com um psiquiatra.
   Num jogo do time de futebol da escola, ele conhece Sam e Patrick, meio-irmaõs que são veteranos e que rapidamente começam a ter uma relação de amizade com ele. Os três começam a andar juntos sempre e os dois apresentam à Charlie o seu mundo. Ainda que em seu próprio ritmo, Charlie começa a descobrir quem é e também em como é importante ter amigos. Charlie vai começando a ficar nos holofotes. Ao invés de só assistir as pessoas, ele começa a viver com elas. O livro aborda envolvimento com bebidas alcóolicas, homossexualismo, aborto, drogas, sexualidade, primeiro amor e tudo mais, em pouco mais de 200 páginas, tudo de modo leve - nada parecido com outras histórias extremamente exageradas que existem por aí- e plausível, na minha opinião.
"Eu me sinto infinito."
   Em alguns momentos, Charlie é muito - não há melhor palavra para descrever, senão sem-noção - o que foi o motivo de eu em diversos momentos pensar que ele tinha Asperger. Aos poucos vamos conhecendo mais o personagem, e sabendo mais do porquê de ele ser tão depressivo. Outro personagem super importante na trama, é o professor de inglês e amigo de Charlie - Bill - que ao longo da trama o sugere vários romances para ler e tenta incentivá-lo ao máximo à "participar".
   O modo de narrativa do livro é pelas cartas que Charlie, o personagem principal e o invisível do título escreve à um amigo entre 1991 e 1992. O livro se fecha de um jeito incrível, e há muito tempo eu não me sentia tão bem - tão infinita - ao terminar a leitura.
   A edição está perfeita, sem nenhum erro e com capa e diagramação boas (confesso que fiquei muito feliz por ter conseguido comprar com a capa original). O filme que vai contar com Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller e Nina Dobrev estreou no Brasil no último dia 19, e aconselho que leiam o livro antes  de assisti-lo.

Caixa do Correio #5

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Aqui as coisas que chegaram essa semana. Recebi o livro Adormecida da Leya e tenho grandes expectativas para com ele, além disso também recebi o kit de Sonhos, os dois livros caprichados e com capas lindas! Finalmente comprei a edição nova lançada esse ano de Fahrenheit 451. E por último, mas não menos importante o vol. I de Sandman, A Canção do Súcubo e As Vantagens de Ser Invisível, que já estou preparando a resenha. Ainda vão chegar mais coisas, e quando chegarem mostro para vocês!

Resenha: Diário de Uma Paixão

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"Não sou nada especial; disso estou certo. Sou um homem comum, com pensamentos comuns, e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome em breve será esquecido, mas amei outra pessoa com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou."
   Não sou chegada em romances, e nunca - eu digo, NUNCA - me imaginei lendo Nicholas Sparks. Mas como uma amiga me falou muito bem do filme baseado no livro, a curiosidade foi maior e acabei comprando o livro. Reconheço que ele estava faz muito tempo largado na estante. Resolvi pegá-lo para ler por parecer ser uma leitura rápida (e pela letra ser bem grande!). Vamos à história...
   O livro conta a história de Noah e Allie, que se conheceram no verão de 1932 em Nova Berna, uma cidadezinha dos Estados Unidos. Ele, um poeta, de família humilde, órfão de mãe e com 17 anos. E ela, de uma família proeminente - e pais que se importam muito com a posição para permitir que namore um rapaz simples -, 15 anos. Os dois se apaixonam profundamente, mas são separados. No final do verão, a família dela - que não gostava nenhum pouco de Noah - vai embora da cidade, separando assim o casal.
   No início do livro, vemos um Noah já velho, contando essa história - Diário de Uma Paixão - à Allie numa clínica. Ela já não lembra mais dele - Alzheimer - e ele ao longo dos anos, faz o ritual de sempre ir ler para ela, com esperança que ela se lembre de algo.
   Voltando ao passado... Ao longo de dois anos, Noah a escreve, apesar de ela nunca responder. Desiludido, segue sua vida, se muda, trabalha muito e vai até a guerra. Tudo isso sem esquecer de Allie. Já passaram 14 anos, Noah está reformando a casa dos seus sonhos, que ele sempre disse para Allie que um dia seria dele - e que agora é -. Seus dias passam resolvendo problemas cotidianos e conversando com seu amigo - e vizinho - Gus. Sempre tentando se ocupar, já que na pequena cidade - apesar de só ter passado um verão com Allie - todas os lugares parecem lembrar ela.
   Agora ele tem 31 anos, já se envolveu com algumas outras mulheres, apesar de nunca ter tido nada sério com nenhuma delas, e nunca - nunca - ter esquecido de Allie. Ele está na varanda de sua casa, com sua cadela, tomando chá... quando Allie - agora noiva - aparece novamente em sua vida - em sua casa, para ser mais precisa -.
   Sinceramente, o livro me surpreendeu em alguns momentos, apesar de agora eu estar pensando, que estava na cara que iria ser do jeito que foi. Imaginei que o autor iria dificultar um pouco a história, por isso o livro me surpreendeu em dado momento ao seguir o caminho óbvio. O livro é uma história de amor, e dado ao Alzheimer de Allie, muito triste também.
   Em vários momentos, confesso que lágrimas escorreram de meus olhos. Sei que a resenha não está detalhada, e isso também se deve à história ser bem simples e sem pormenores. É um bom livro, principalmente para pessoas românticas. Um ótimo drama, mas longe de ser o livro do ano, ou o melhor livro da vida de uma pessoa. Mas para mim, prefiro manter uma distância boa de livros do Nicholas Sparks. Porquê, né? Essa experiência de chorar tanto lendo um livro, não me agradou nada. HAHA

Resenha: Jogador Nº1

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   Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada Oasis. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna.
   A história se passa no ano 2042. É uma distopia aonde o planeta está quase completamente esgotado em energia e a maioria das pessoas vivem na miséria. Para escapar da realidade, as pessoas usam o software Oasis (um MMMORG). Lá eles tem o mundo perfeito, se relacionam com outras pessoas, lutam entre si, buscam subir de nível e tudo mais. O jogo é uma febre mundial, e isso só aumenta quando o criador do jogo, J. D. Halliday, morre. No dia de sua morte ele envia por e-mail e também para a tv, um vídeo-testamento, no qual diz que quem encontrar um Easter Egg que ele escondeu dentro do Oasis, será o dono de sua fortuna.
   Wade Watts é um adolescente, pobre e órfão. Ele vive com sua tia em moradias disponibilizadas pelo governo. Ele tem um avatar de baixo nível e pobre assim como ele, Parzival. Assim como todas as pessoas, Wade se anima para caçar o Easter Egg de Halliday, mas como seu avatar é muito fraco, não consegue progredir muito nas buscas. Ele passa a maior parte do tempo, dentro do jogo, assistindo aos filmes e séries preferidos de Halliday, e jogando jogos antigos com seu melhor amigo-virtual, Aech.
   Cinco anos se passam, e ninguém achou nenhuma pista para o Easter Egg, várias pessoas desistiram da caça e os que continuaram se auto-denominam Caça-Ovos.O papel de vilão do livro fica para uma empresa chamada IOI, que tenta de modo inescrupuloso ganhar a fortuna de Halliday.
   Wade é o adolecente muito anti-social, que só consegue se comunicar com outros adolescentes pelo jogo, seu melhor amigo Aech é o cara legal e meio distante, e Art3mis, a garota que Wade gosta é a esperta.
   Quando Wade consegue encontrar a primeira pista, e passa a ser o primeiro avatar à pontuar na caça ao Easter Egg, ele percebe que para algumas pessoas a competição pelo Easter Egg, é muito mais que um jogo. E que algumas pessoas estão dispostas a até matar para ganhar o prêmio.
   O livro é muito bom e me supreendeu muito. É a primeira distopia que li (e me animou para ler outras)! É óbvio que o livro foi escrito por um nerd de carteirinha, com várias e váries referências à filmes e jogos antigos. A única falha do autor ao escrever o livro é que ele só usa as referências de cultura pop até os anos 1990, e depois disso é como se tudo tivesse passado em branco até a criação do Oasis e a crise mundial. É um dos melhores livros que li esse ano, e com certeza foi o que mais gostei de ler. Achei uma mistura louca de Matrix (só que ao contrário) e Tron. A mensagem que o livro passa, é que por pior que a realidade seja é melhor que você não fuja dela.