Alice e suas adaptações


   A algum tempo atrás comprei essa versão de Alice (foto), da Cosac Naify, traduzida por Nicolau Sevcenko e ilustrado por Luiz Zerbini. O livro é muito caprichado, achei a capa bem legal, e o que posso dizer sobre as ilustrações interiores é que elas são bem nonsense, mas é muito frágil, peguei muito pouco e a capa já está saindo.
   Alice é uma garotinha curiosa e um pouco petulante, que, ao ver um coelho dizer que está atrasado, e ainda por cima usando um colete e um relógio (o que realmente, não é nada normal), resolve seguí-lo, e entra em sua toca. Depois de cair por um longo tempo, ela vai parar no País das Maravilhas, aonde flores e animais falam e aonde isso é totalmente normal.
   O livro faz menos sentido que todas as adaptações para mim, é uma leitura bem rápida, mas é bem louca! Gostei do livro, apesar de ter esperado bem mais, esperava que fosse mais "mágico", gostei da mensagem que ele passou ao fim, mas sinceramente prefiro as adaptações.
"Ela então sentou, mantendo os olhos fechados, e acredtiou um pouco no País das Maravilhas, embora soubesse que bastaria abrir os olhos de novo e tudo voltaria à aborrecida realidade..."
   O desenho da Disney de 1951, é com toda a certeza a adaptação mais famosa de Alice até os dias de hoje. Assisi inúmeras vezes quando era criança e para escrever o post, assisti novamente, assim como assisti as outras adaptações.
   É a adaptação mais fiel que já assisti, mas mesmo assim não tem toda a loucura do livro. Adorava quando era criança, mas após assistir de novo, acho que prefiro as adaptações mais adultas mesmo.

   A minisérie Alice, de 2009 produzida pela Syfy é a minha adaptação preferida. Sinceramente, achei bem melhor que o filme com Tim Burton. Essa é a versão mais adulta, e foi por este motivo que eu gostei tanto dessa versão; personagem adulta, agindo de um jeito adulto, com problemas  e questionamentos adultos e, de quebra com um Chapeleiro bonitinho.
   Mas a série ainda conta com personagens como: Tweedle Dee e Tweedle Dum, a Lagarta Azul, o Gato Risonho, ainda que não tenha sido dada a devida importância à eles. Alice é forte, extremamente independente, professora de artes marciais, MORENA. Seu pai desapareceu quando ela era criança, e desde então ela tenta encontrá-lo. Namora Jack Chase, que é sequestrado no início da série, e é assim que ela chega à Wonderland.

   Usando os livros de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho e “The Looking Glass Wars”, de Frank Beddor, como base, o escritor e diretor Nick Willing criou a história moderna de Alice. No mundo de loucura de Alice, foi o que mais fez sentido para mim.
   O País das Maravilhas é, atualmente, uma estranha cidade com prédios de ponta cabeça e cassinos construídos de cartas de baralhos, tudo sob as regras da vilã Rainha de Copas (Kathy Bates), que não fica nada contente com a chegada de Alice. Ao decorrer da aventura, Alice consegue a ajuda de vários personagens, incluindo o lutador da resistência, o Chapeleiro Maluco.

   Aí chega o filme de 2010, dirigido por Tim Burton, com Mia Wasikowska interpretando Alice. Muitos dizem que não gostaram do filme, mas eu achei bom, apesar de ter vergonha alheia da dancinha do Chapeleiro no final. Vemos uma Alice, no final de sua adolescência, que seu pai morreu e que sua mãe espera que ela se case com alguém que ela não gosta. Ela vê o coelho atrasado e vai atrás dele, como já era de se esperar, e vai parar no País das Maravilhas, apesar de não se lembrar ter estado lá da primeira vez. Desta vez ela tem que enfrentar o dragão da Rainha de Copas para dar liberdade ao povo do País das Maravilhas e devolver a coroa para a Rainha Branca, e mesmo achando que não é capaz de fazer isso, ela vai até o fim pelos seus amigos. E confesso que torci para que no final do filme ela ficasse no País das Maravilhas com o Chapeleiro, haha.
   Os efeitos do filme foram ótimos, a fotografia é linda, mas acho que eles exageraram um pouco nisso tudo. Gostaria que personagens como o Gato Risonho e Tweedle Dee e Tweedle Dum tivessem mais espaço na história. Gostei muito da atuação de todos, principalmente da do Johnny Depp como o Chapeleiro, gosto muito da Mia Wasikowska também, e realmente gostei dela como Alice, a Rainha de Copas da Helena Boham Carter foi bem engraçada em alguns momentos mas, pra mim faltou alguma coisa. Assisti ao filme pensando que seria brilhante e acabou que não foi tudo que poderia ser, apesar de ser um bom entretenimento.

   Agora, sobre essa adaptação: não é sobre Alice, mas tem o chapeleiro (o que ultimamente tem sido o bastante para mim), e também um pouquinho do País das Maravilhas. Estou falando do 17º episódio da série Once Upon a Time, para quem não conhece, o link leva à pagina do orangotag com sinopse.

Sebastian Stan (Gossip Girl), dá as caras na série interpretando Jefferson, um morador de Storybrook, que acredita ser o Chapeleiro Maluco e sequestra Emma, a personagem principal, para tentar voltar para casa.

Vemos que no mundo dos contos de fadas, o chapeleiro é um viúvo, pobre e com uma filha para criar. Dá à enteder que ele tinha uma vida secreta, aonde trabalhava para a Rainha Má (da branca de neve) e que preferiu levar uma vida simples e se afastar dela. Ele vive sozinho com a filha (e os dois brincavam de tomar chá com coelhos de pelúcia). E mais, ele tem um chapéu mágico, que abre portais para outras dimensões. Tipo quando a Alice cai na toca do Coelho e têm várias portas, então dimensões diferentes. A Rainha Má o convence a usar esse poder mais uma vez, em troca de uma vida melhor para sua filha. Tudo que ele precisava fazer era ir com ela até o País das Maravilhas e recuperar o pai dela (sequestrado pela Rainha de Copas).

No final, a rainha má consegue resgatar seu pai e vai embora com seu ele, deixando o Chapeleiro para trás, preso no País das Maravilhas, prisioneiro da Rainha de Copas, e sendo obrigado à tentar fazer um novo chapéu mágico, o que o leva à loucura.
   Achei muito legal a série tentar contar a história do Chapeleiro, que nos últimos tempos tem sido o mais pop dos personagens de Alice, como podem ver nas outras adaptações que citei acima. Além de criar uma história para ele, fizeram isso muito bem.
   Como vocês devem ter percebido falei demais de Once Upon a Time, porque gosto muito da série, e principalmente desse episódio, mas espero que tenham gostado do texto. Falei um pouco das adaptações que conheço de Alice, e as que acho que são as principais, apesar de haver muitas outras que não conheço e não citei. E vocês, quais suas adaptações preferidas de Alice? Já leram o livro, gostaram?

5 comentários:

  1. Adooooro Alice! O filme da Disney também é uma das minhas adaptações favoritas! O filme do Tim Burton é interessante, mas não foi aquilo que prometeu... acho que por ele ter criado uma estória nova, com Alice voltando ao país das maravilhas, alguma coisa acabou se perdendo mesmo, como você disse!
    E Ahhh, Once Upon a Time <3 uma das séries mais fofas que estou acompanhando! Ameeei o epi sobre o chapeleiro! Muito, mas muito bom mesmo! Adoro como os roteiristas pegam os contos de fadas e os modificam, mas sem fazê-los perder suas identidades!
    Beijos :)

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  2. Olá Mayara,

    Esta ai um livro que não li e tenho muito vontade de ler, boa dica, gostei do post.

    Tem promo nova no blog, passa lá...abçs.

    http://devoradordeletras.blogspot.com.br/

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  3. Oie Mayara =D

    Adoro Alice no País das Maravilhas *-*
    O filme original da Disney é a minha adaptação favorita =D, mas ainda não vi a adaptação que o Tim Burton fez, mas acredito que vou gostar tb ^^

    Ótimo post!

    bjus

    ;***

    anereis.

    mydearlibrary | bookreviews • music • culture
    @mydearlibrary

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  4. Nunca li Alice, mas minha mãe leu muito pra mim kkkkkk decorei até algumas partes, adorei essa apresentações das adaptação muitas que ainda não conhecia e fiquei com muita vontade de ver a minisérie.

    Beijos

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  5. Eu já vi o livro na biblioteca, mas não lembro de ter lido; embora eu tenha ficado curiosa pra ler.

    A animação da Disney eu assisti várias vezes na infância e gostava da aventura e da magia, apesar de atualmente não recordar com detalhes de toda a história.

    O filme do Tim Burton eu assisti tbm e gostei. Foi bem diferente e fez uma abordagem mais adulta, como vc colocou no post.

    Não conhecia a minissérie. Queria ter acompanhado! :)

    Bjs ;)

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